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LIVRO DE: LUIS ROXO - GUARDO-TE EM MIM

  • Foto do escritor: Luis Roxo
    Luis Roxo
  • 4 de set.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 5 de set.


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10.EDIÇÃO

Prelúdio das alfazemas

   Vesti-te de alfazemas arroxeadas na maré frágil dos teus olhos, aprendi contigo que a vida era apenas uma breve palavra de poesia.

   Tens o coração cheio de poesias e a pele cheia de folhas, curvo os meus olhos pela manhã em busca das tuas palavras, caem dos teus olhos suaves estrelas da noite que te resta, nasceste no fundo da paisagem no meio do rio e da floresta.

   Onde estás poesia? Porque é a tua poesia que me despe, que me faz ver a agonia do mundo lá fora que grita, os rostos pálidos que choram, a vida vazia que fica, os deuses falsos que oram.

   Onde estás poesia? Porque é a tua poesia que me abraça, que me faz sonhar, que me espera nas minhas tempestades, gramática desordenada a voar, papel de ocultas verdades.

    Sem poesia, existem almas desertas que ardem, estações de comboios com relógios parados, jardins de ervas secas, árvores que morrem, rios que secam, olhos que jazem, chuvas de Março ácidas.

Sem poesia o mundo não tem vida.

   E num momento, e num ápice, e num átomo, apesar das chuvas ácidas de Março que me cegam os olhos, que me perfuram a pele até aos ossos, que me queimam as memórias e os beijos que te dei nas palavras, agarro-me; agarro-me fortemente às raízes das flores e das árvores, agarro-me às folhas da tua poesia, e na lavanda do teu corpo arrasto os meus lábios pelo teu óleo vegetal sabendo a amêndoas doces, arrasto os meus pés sobre estradas de fogo; e foi quando; e foi quando, vi milhares de campos de folhas de poesias brotando espigas de trigo douradas, e foi quando, vi milhares de borboletas escondendo versos descendo das nuvens caindo nas cidades, e foi quando, vi milhares de musas do Olimpo em carroças de duas rodas cobertas de folhas de ouro, movidas por dois cavalos com asas de águias seguindo em direcção a todas as ogivas nucleares, e foi quando, vi milhares de serpentes mortas penduradas nas pontes, e foi quando, vi milhares de homens de cabeça para baixo interrogando um homem vestido de oceanos e gaivotas, trazia nas suas mãos uma caixa metálica prateada e lá dentro um livro: UNI(VERSO).

- Quem és tu?

- Sou aquele que virá e já chegou.

- De quem és filho?

- Sou filho do Poema.

- Qual o teu nome?

- O meu nome é Poesia.

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Copyright "©" by Luís Roxo

Todos os direitos reservados.

Proibida a reprodução, no todo ou em parte, através de quaisquer meios.

Os direitos morais do autor foram assegurados.

Autor: Luís Roxo. ISBN: 978-65-00-81463-7


 
 
 

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